25 de set. de 2007


o chimarrão é nosso. fiquei pensando nisso ontem, um tempão. situação: uma colega, recém contratada, desfilava pela sala com sua térmica e cuia, pra lá e pra cá. os colegas todos quietos, sem querer se meter no mate da outra. eis que chega uma outra colega, daquelas que não tem papas na língua: tu é doida criatura! se a chefia te pega com essa cuia na mão! corre-corre geral, todo mundo se dando conta de que, realmente, o mate não é permitido.


daí fiquei pensando nisso... porque não pode? o chimas é nossa bebida mais tradicional, secular, passada de geração em geração. quase toda a população gaúcha (e até os que vieram de fora para morar no rs) adotam o hábito como parte do cotidiano. então porque não pode? cafezinho, pode, tá liberado. um chazinho de vez em quando, também pode, tudo ok. mas e o chimarrão?


de noite fui assistir a uma palestra da faculdade. o palestrante (um baiana lerrrrrítimo) falando, falando e adivinhem? lá estava a cuia, de mão em mão, disputadíssima. acho que até o cidadão soteropolitano ficou a fim de dar uns goles.


onde tá escrito que não se pode consumí-lo em ambientes profissionais? sei lá, fiquei pensando nisso. deviam criar uma lei que tornasse o mate nosso de cada dia uma bebida permitida em todos os ambientes. perfeito, dentro da lei, para que todo mundo pudesse tomar o amargo sem culpa.


achei na internet a notícia de que um projeto do núcleo de cultura de venâncio aires está tentando tornar o chimarrão uma bebida patrimônio imaterial do país. já é um primeiro passo. quem sabe a gente consegue?





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