"ser um correspondente no exterior é um sonho para muitos futuros jornalistas ou até para os já formados. ariel palácios é jornalista e correspondente da globo news e do jornal estado de são paulo. com 41 anos, ele vive em buenos aires e é casado com mirian, também jornalista. hoje, completando 20 anos de carreira, o profissional é uma referência para os colegas que chegam à cidade. num bate papo contado a seguir, ele mostra o caminho para quem pensa em, um dia, se tornar um correspondente no exterior, principalmente na argentina, onde exerce a profissão há 12 anos.
simpático e disponível, ariel fala sobre o início, quando chegou a buenos aires para uma temporada de férias. foi então que um amigo sugeriu que ficasse. assim, ele começou a trabalhar como freelancer mandando matérias para veículos brasileiros. aeu certo e ariel acabou ficando por lá. no caso dele, já existia familiaridade com o país vizinho, pelo fato de ser filho de argentinos. no entanto, o jornalista destaca que o idioma é a principal barreira para começar a trabalhar em outro país. "é um obstáculo porque uma coisa é falar uma língua estrangeira; outra coisa muito diferente é escrever corretamente nesse idioma, evitando erros ortográficos. e, mais difícil ainda, é produzir um texto jornalístico nessa língua que não é a sua!" conta.
a boa notícia é que essa barreira da língua não é um problema intransponível. outros fatores que podem desanimar são os salários e a grande quantidade de jornalistas que entram no mercado a cada ano. no caso da argentina, os jornalistas são muito mal pagos. no entanto, o profissional brasileiro que pretende se estabelecer como correspondente no país vizinho, terá como recompensa a credibilidade, pois lá a imprensa brasileira é muito bem vista e respeitada.
palácios comenta que a maioria dos correspondentes trabalha em casa, o que pode ser cômodo. porém, quando o jornalista é freelancer, tendo somente um acordo verbal com a empresa, existem riscos: "um dia acontece um desinteresse no profissional e ele não tem a quem recorrer."
perguntado sobre alguma dica que ele poderia dar a quem pretende se aventurar pelo mundo, ele diz que um caminho é fazer um curso de especialização no país desejado. uma vez morando lá, é importante fazer contatos e buscar oportunidades. trabalhar como freela, enviando matérias para o brasil, é um começo para chegar à correspondente internacional.
outros países também podem ser ótimos mercados para o jornalista brasileiro. a china é um deles, uma vez que quase não existem correspondentes por lá e o país deve gerar muitas pautas em um futuro próximo. cuba também pode ser uma alternativa, pois quando fidel castro morrer, certamente o país vai passar por um período de transição, onde as pautas vão pular na frente do jornalista atento. e finaliza: "mostrar serviço é uma boa forma de começar. "
foto by ana b.
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