7 de ago. de 2009

abuso

Na tarde de quarta-feira (5) presenciei uma cena da qual por pouco não fui a protagonista (se não tivesse o hábito de contar até 1000 em situações extremas). Estava eu na linha Universidade, em um ônibus da empresa Gabardo, quando, perto de mim, uma moça pede ao motorista a gentileza de baixar o volume do rádio. Pensei: ‘Até que enfim! Alguém de bom senso e mais determinada do que eu’. Pois o volume absurdamente alto já estava me incomodando, tamanho o desconforto aos ouvidos. O motorista, então, com extrema e visível má vontade, fez que mexeu no rádio, porém o volume continuava insuportável. A moça pediu novamente, sempre usando a palavrinha mágica “por favor”. Dessa vez, o senhor motorista atendeu a súplica, mas só faltou abrir a porta e mandar a moça descer ali mesmo.

Realmente, a música alta nos ônibus de Santa Maria é um problema que me incomoda há muito tempo. Sonho com o dia em que exista nas empresas uma norma proibindo essa prática. O transporte coletivo, como o próprio nome sugere, é um espaço de uso comum, e não propriedade do motorista sem noção. Nos dias atuais, em que aparelhos de mp3 estão disponíveis no mercado, cada um escuta a música que quer, no momento em considera conveniente e no volume que suporta. Caso não possua um desses, se entregue ao prazer do silêncio. Acho um desrespeito a atitude de alguns motoristas com o rádio ligado no volume máximo, como se estivessem no próprio carro. Pior é o que acontece quando levo meu filho ao colégio, quando uma rádio apresenta um programa com a maior concentração de palavrões por segundo. É constrangedor quando a criança pergunta qual o significado de um deles. Definitivamente, as empresas deveriam orientar seus motoristas a ter o mínimo de bom senso e respeito pelo ambiente comum a todos.

O ônibus é um serviço público, o motorista e o cobrador são prestadores e o passageiro é cliente. Portanto, temos o poder de quem paga. Além disso, é transporte coletivo. (essa pérola pertence ao antonio cândido, meu estimado colega, faltou o crédito). E no coletivo, a liberdade do motorista termina onde começa a minha.
e podem me chamar de mau humorada.

3 comentários:

Anônimo disse...

APOIADA!!! :)

antes que a natureza morra disse...

"O ônibus é um serviço público, o motorista e o cobrador são prestadores e o passageiro é cliente."
Isto diz tudo !
Passageiros ficam quietos pq não aprenderam a exercer a sua cidadania.
O povo brasileiro tem vocação galinácea : toma no rabisteco, sai cantando e ainda pede desculpas porque ficou de costas...

Beijo

James Bond+

Demétrio de Azeredo Soster disse...

às vezes fico pensando quão interessante seria o mundo se houvesse, neste, um pouco mais de respeito. não normas, ou regras, que estas temos de sobra. respeito apenas. grande abraço.