25 de dez. de 2009

à um amigo que se foi

quando eu tinha treze anos (acho que nunca comentei isso aqui, mas nessa idade sofri uma das maiores perdas da minha vida), assisti um dos filmes que me marcaram profundamente. em 1988, um iniciante keanu reeves era protagonista de para sempre na memória (permanent record). é uma bela história sobre amizade e perda. em uma escola, um talentoso (porém não reconhecido) musicista perde seu melhor amigo, que também era o aluno mais brilhante de uma escola autoritária e repressiva. em uma noite, esse amigo sai de uma festa da turma e se suicida, jogando-se de um penhasco. a partir daí, o grupo de amigos perde o eixo, mas se unem para prestar aquela que seria a grande e última homenagem ao amigo que se foi.
a ideia era apresentar a canção-tema do filme, chamada whising on another lucky star na celebração de final de ano da escola. porém, a direção autoritária e repressiva, os proíbe. mas eles sabem que cantar ao amigo morto é muito mais do que uma homenagem, é a libertação de todo o sistema. procurando, tive a felicidade de encontrar a última cena do filme. uma das colegas sobe ao palco para cantar a "música programada pela direção". porém, encorajada pelo keanu reeves, muda os planos e canta a música para homenagear o amigo. a tradução é linda, tá aí abaixo. assistam. eu fico com um nó na garganta, sei o que é a dor de perder um amigo.

Seus amigos podem morrer
A verdade pode vir de estranhos
Se eu soubesse o porque,
Nos não estaríamos em perigo
Me enclinando pra fora da janela do carro
e desejando outra estrela cadente.

A vida é longa
E não cria limites
você vai conseguir
Na dor ou na alegria
Imaginado como sempre estivemos distantes...
Desejando uma estrela cadente

A vida passa
Como tambem o céu
e vai
Em um piscar de olhos
Você deixou seu lar
Nas asas da noite
Você nunca ira morrer

O mundo está triste
o coração tornou-se lágrimas e farrapos
O único que voçê acolheu
Pode estar caído e despedaçado
Me enclinando pra fora da janela do carro
Desejando outra estrela cadente.

2 comentários:

antes que a natureza morra disse...

Poema para Ana

James Pizarro

A gente é lembrado pela ousadia.
Nunca pelo medo.
A gente é lembrado por avançar.
Nunca por fugir.
A gente é lembrado por enfrentar.
Nunca por temer.
Nós todos temos asas.
E o céu e os ventos estão aí.
Uns voam.
Outros viram répteis.
Uns conhecerão o sol e as nuvens.
Outros, o pó e a lama.
A Vida está aí com seu cardápio.
Viver é escolher.
A glória da ousadia.
Ou o ostracismo do medo.

********

Ana : por circunstâncias mil (e a época era outra mesmo), eu esperei 65 anos para sair de Santa Maria.
Não faz a mesma besteira.

Beijo

James Bond+

Rodrigo Ricordi disse...

Ahhhhhhhh

eu quero esse poema pra mim...

natal sux.. fase sux...
mas tende a ficar bom, não?

amo