6 de dez. de 2007


eu só queria um colo pra chorar... tô muito triste ainda... e de saco cheio das pessoas dizerem "tá, já passou, tem que esquecer"... não dá pra esquecer e muito menos acreditar em tudo o que meus olhos viram nesse maldito dia... vai ficar pra sempre na minha lembrança teu rosto sereno... não consigo parar de pensar em ti, de lembrar bons momentos que nunca mais vão acontecer... tenho passado todos os dias em frente ao salão na esperança de te ver na calçada, fumando e rindo de orelha a orelha ao me ver chegar... tirando onda da minha implicância com meu cabelo... ainda dói marcelo, ainda dói...

essa noite sonhei com ele.. justo eu, que não acredito em deus ou em alguém superior. justo eu... pois esse alguém que chamam "deus" ouviu o que eu tenho pedido nessas últimas noites e me trouxe o marcelo... ele tava lindo, igualzinho... ele não sabia que tava morto, mas a gente no sonho sabia... ele tava igual, só mais quietinho, silencioso... deitou a cabeça na minha perna, pediu pra dormir, dizendo que tava com muito sono... e me deixou abraçá-lo, forte e muitas vezes... até que dormiu no meu colo... eu pouco entendo da doutrina espítita, mas sempre soube que o sono é um bom sinal para os espíritos desencarnados...

significa que eles estão sendo cuidados pelos mentores espirituais, que não estão sofrendo, que estão em uma espécie de hospital recebendo cuidados e se preparando para a sua constante evolução... e então ter sonhado com ele me tranquiliza, me faz acreditar que ele tá em um bom lugar, que tá se recuperando e que eu não devo sofrer tanto, ele com certeza não gostaria de me ver assim, tão baixo astral. mas ainda dói marcelo. dói saber que não vou mais te ver, te abraçar, te contar coisas minhas, que não vou mais saber de ti... a saudade me sufoca, me aperta o peito, engasga na garganta. sinto que ainda não chorei tudo...

fica bem meu querido, fica bem... me ajuda a superar essa dor... vem sempre me visitar nos meus sonhos... vem diminuir a saudade que eu tenho de ti.

espiritismo - o sono é um estado de emancipação parcial da alma, ocasião em se aguçam as nossas percepções. evasão da alma da prisão do corpo. desprendimento do espírito no espaço, onde se encontra com outros espíritos, antigos conhecidos. (equipe da FEB, 1995)

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